Últimas sessões do seminário “Amazônia: a região de Carajás”, marcam temas como pressões antrópicas, história e do agrário regional

Público engajado absorvendo conhecimento nos debates interdisciplinares, no Instituto de Estudos do Trópico Úmido, em Xinguara.

Como últimas atividades da semana do Seminário "Amazônia: a região de Carajás", que percorreu três dos cinco campi da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), as discussões interdisciplinares do livro homônimo culminaram, no Instituto de Estudos do Trópico Úmido, em Xinguara. As três últimas sessões do seminário foram marcadas por temas enriquecedores como “Meio ambiente e pressões antrópicas”; "História, região e paisagem" e "Elementos do agrário regional", que ocorreram na Unidade III da Unifesspa em Marabá, e no Campus de Xinguara.

A Professora Caroline Nebo, que faz parte do corpo docente da Faculdade de Zootecnia, e atualmente ocupa o cargo de Diretora Adjunta no IETU, enfatizou que para a equipe de direção é um motivo de grande satisfação e alegria participar da divulgação desta obra. “Isso se deve ao fato de que temos docentes de excelência, atuando em duas áreas fundamentais: Ciências Humanas e Ciências Agrárias, contribuindo com capítulos para este livro. Essa participação destaca a produtividade de nossos professores, tanto na exploração da história da região de Carajás quanto na análise da formação geológica”, enfatiza.

Para a discente do curso de História, Sauana Moraes, o debate foi: “edificante, destaco a importância de conectar as discussões realizadas no evento, com os temas abordados em nossas aulas sobre a Amazônia. Foi evidenciado no Seminário, a desconstrução da imagem que historicamente tínhamos dessa região, uma visão influenciada pelos discursos políticos do século XIX que a retratavam somente como uma região rica e explorável ambientalmente", ressalta a estudante.

No dia 19, a IX sessão ocorreu no turno da manhã na Unidade III e abordou os capítulos: “O ônus ambiental do paradigma agropecuário em Carajás e a construção de alternativas”, dos autores Diego de Macedo Rodrigues e Maurílio de Abreu Monteiro, e o capítulo “A matriz hidrográfica da região de Carajás: um estudo sobre unidades fluviais e pressões espacialmente explícitas na paisagem”, de autoria de Keid Nolan Silva Sousa.

No turno da noite, a X sessão foi realizada no Campus de Xinguara, com os capítulos, “A importância heurística da região, uma nota”, do autor Marcos Alexandre Pimentel da Silva; “A Amazônia em páginas impressas: a série realidade brasileira da Folha de S. Paulo”, de autoria de Eduardo de Melo Salgueiro; “Alteridades e outridades na região de Carajás”, dos autores Idelma Santiago da Silva, Flávia Marinho Lisbôa e Laécio Rocha de Sena; e “Geoecologia: aportes para uma aproximação taxonômica das unidades de paisagens para a região de Carajás”, dos autores Maria Rita Vidal, Abraão Levi dos Santos Mascarenhas, Edson Vicente da Silva e Estêvão José da Silva Barbosa.

A XI e última sessão no dia 20, também no Campus de Xinguara, marcou os títulos “Trajetórias produtivas no agrário amazônico: o caso da região de Carajás”, do autor Maurílio de Abreu Monteiro; “Cenário e perspectivas para a produção animal na região de Carajás”, das autoras Anaiane Pereira Souza, Caroline Nebo, Fernanda Franco Alves e Ester da Silva Criança; e “Caracterização produtiva da atividade leiteira em estabelecimentos na região de Carajás”, dos autores Jefferson Rodrigues Gandra, Fabíola Miranda da Silva, Lucas Magevski Soares, Paulo Vinícius da Costa Mendes, Érika Rosendo de Sena Gandra e Milena Raiane Alves da Silva.

Texto: Kawane Ricarto (Bolsista do Lacam)